Gosto de vos ouvir a mentir.
Gosto de ver a vossa hipocrisia e
Senti-la a entranhar-se em mim.
Gosto que me dêem razões para ser irónica, sarcástica e cínica,
Sádica até,
E ansiar agrilhoar-vos no fundo de um inferno.
Gosto que me responsabilizem
Pelo que é mau e perverso,
Gosto de sentir a culpa que vocês me atribuem.
Gosto de sentir os risos nas minhas costas:
Dão-me o prazer de ser algo abaixo de zero.
Gosto que (metaforicamente falando)
Me arranhem a pele,
Me puxem os cabelos,
Me gritem aos ouvidos
E me enterrem o vosso pérfido punhal nas costas.
O vosso punhalzinho dourado, cheio de pérolas e rubis, mas ferrugento e cheio de sangue
Que eu invejo.
Tenham um bom dia.
Ana Reis [20-05-05]
[Vocês não querem saber porquê.]
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3 comentários:
o tom irónico do teu texto é magnífico. sinceramente, é a melhor maneira de lidar com gente k te fez sentir o k sentiste ao escrever isto.
mas n deixes k isso comande os teus passos. segue sem pensar nos punhais e nos risos por trás das costas. o desprezo é o melhor ataque.
um beijinho. gostei mto do teu blog
ok!
já k gostas de me ouvir mentir, aki vai: este blog é um máximo, espetacular, és linda!...
tava a brincar!
tá excelente! pareces àlvaro de campos na 3a fase!
e um dia destes ainda me vais explicar o PORQUÊ!! pk, sim, eu kero saber!
Gostei do poema. É forte, lúcido e saudavelmente sarcástico. Só mais uma observação: a frase "metaforicamente falando" é desnecessária, porque é redundante: o texto já sugere a metáfora. E quebra o ritmo. De resto... parabéns.
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