
Não venhas tarde,
Dizes-me tu com carinho,
Sem nunca fazer alarde
Do que me pedes baixinho.
Não venhas tarde,
E eu peço a Deus que no fim,
Teu coração ainda guarde
Um pouco de amor por mim.
Tu sabes bem
Que eu vou para outra mulher,
Que ela me prende também,
Que eu só faço o que ela quer.
Tu estás sentindo
Que te minto e sou cobarde,
mas sabes dizer sorrindo
meu amor,
não venhas tarde.
Não venhas tarde,
Dizes-me sem azedume,
Quando o teu coração arde
Na fogueira do ciúme.
Não venhas tarde,
Dizes-me tu da janela,
E eu venho sempre mais tarde,
Porque não sei fugir dela.
Tu sabes bem,
Que eu vou para outra mulher,
Que ela me prende também,
Que eu só faço o que ela quer.
Sem alegria,
Eu confesso tenho medo
Que tu me digas um dia
Meu amor, não venhas cedo.
Por ironia,
Pois nunca sei onde vais,
Que eu chegue cedo algum dia
E que seja tarde de mais.
Carlos Ramos
3 comentários:
Gostei! É bem verdade!...
Olá!
Tens um blogue sinceramente bonito.
A simplicidade dos poemas que apresentas deixa-nos a curiosidade de viajar pelo mundo da poesia.
"Não venhas tarde" é a realidade a que às vezes fechamos os olhos :).
Olá!
Tens um blogue sinceramente bonito.
A simplicidade dos poemas que apresentas deixa-nos a curiosidade de viajar pelo mundo da poesia.
"Não venhas tarde" é a realidade a que às vezes fechamos os olhos :).
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