segunda-feira, 6 de fevereiro de 2006

Para a Anoquitas (pronto, o título não é dos melhores)

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(Na imagem: a personagem Nosferatu, do filme Nosferatu, a pedido do autor do poema)

"Bem o disse o Faria
Que um dia viria;
Chamaram-lhe feio
E eis que ele veio!"

Assim o lançou o bruxo maligno
Triste e sombrio sobre o reino indigno

Sem menos nem mais
Acabou-lhes com a paz.
Mas que estranho enguiço
Que afecta o chouriço
Retirando o cheiro
Ao belo fumeiro

"De pouco adianta
Se castigo para tanta
Realeza, não há!
Assim vos aplico
E não justifico:
Passou e passa, mas
Não passará,
E d'hoje em diante
Sem fim viverá."

E desde este dia
De nada valia
Um conto uma lenda
Mas que bela prenda

Do princípio ao meio
Eu mesmo sei-o!
Do meio ao final
Nisto consiste o mal:

Ninguém saberia
Triste viveria
Sem nunca saber
E em mim podeis crer

Se vive se morre
O vilão que corre
Se morre se vive
O herói que progride

E assim ficaremos
Lá o disse a vós mesmos
Que já não me lembro
Que já não me lembro...

Elmigu Gandrense

1 comentário:

Anónimo disse...

E pões a imagem do Nosferatu, coitadinho! Ele não é vilão, é incompreendido...
afinal, o mal advém das circunstâncias.

Isto só pra dizer que gostei da imagem escolhida e do poema.


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